O projeto consiste na realização do documentário O XENTE, POIS NÃO +50!, no qual reencontraremos, hoje adultas, algumas das crianças que fizeram parte do premiado documentário O XENTE, POIS NÃO!, de Joaquim Assis, e descobriremos mais sobre personagens importantes do documentário que marcou época.

Realizado em 1973, O XENTE, POIS NÃO! foi contemplado com vários prêmios e influenciou gerações de realizadores e profissionais das áreas humanas, por apresentar a vivência fraterna e profunda dos moradores de uma comunidade rural atingida pela seca em Pernambuco. As lições de vida talhadas no cotidiano, comovem e fazem refletir sobre o que é essencial e em que consiste a Felicidade. Nas entrevistas 50 anos depois, pretendemos descobrir como se desdobraram estas vivências .


O caderno comunitário acompanhava a trajetória de O XENTE, POIS NÃO pelo Brasil. O filme é citado por Miriam Alencar em seu livro fundamental “O cinema em festivais e os caminhos do curta metragem no Brasil”. O psicólogo norte-americano Carl Rogers, fundador da Terapia Centrada na Pessoa, descreve em seu livro “Um jeito de ser” que encontrou em O XENTE, POIS NÃO! a demonstração de que era possível concretizar o que propunha com sua teoria, tornando o filme pedra fundamental para todos os seus seguidores.


O XENTE, POIS NÃO! é um dos cinco clássicos selecionados pela Programadora Brasil para integrar a coleção Clássicos e Modernos, ao lado de “Aruanda”, “A Velha a Fiar”, “Ilha das Flores” e “Brasília: Contradições de uma cidade nova”. A seleção foi lançada em DVD pela Cinemateca Brasileira nos anos 80
O curta esteve disponível no streaming das plataformas Looke, Vivo Play e Now até 30 de abril de 2024.



Após apresentar o filme na comunidade pernambucana, Joaquim perdeu contato com seus integrantes, devido às dificuldades de comunicação e deslocamento, Por muito tempo, Joaquim procurou encontrar algum dos participantes, sem sucesso. Mas as facilidades tecnológicas trouxeram uma boa surpresa.

A Live possibilitou que descendentes de famílias que participam do documentário entrassem em contato conosco pelas redes sociais. E assim, travamos contato virtual com algumas das crianças de então, hoje avós.

As reuniões feitas por uma plataforma virtual foram carregadas de emoção e informações, justificando uma troca mais aprofundada e um compartilhamento com a sociedade brasileira, do destino dos membros daquela vivência tão especial.



Para esta troca se efetivar presencialmente, é preciso que nos desloquemos com equipe mínima para São Paulo e Pernambuco, permanecendo aí um tempo suficiente para desenvolver o delicado e respeitoso processo de conversas que caracteriza o trabalho de Joaquim Assis. São custos que se tornam proibitivos sem apoio. É possível desenvolver parcerias com equipes locais.

A menina da foto, Zildete Neves, se tornou uma linda mulher com muito a contar sobre a vida de sua família e a mudança para São Paulo. Os filhos, netos e bisnetos de Vilebaldo, João Chico e Maria (fotos) também. Seu olhar na foto nos provoca a querer saber, a agir, a dar continuidade às transformações que produziram.



porque
realizar
é nosso papel no mundo
















